quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Caricatura de Ariano Suassuna


A Morte — O Sol do Terrível


Com tema de Renato Carneiro Campos


Mas eu enfrentarei o Sol divino,
o Olhar sagrado em que a Pantera arde.
Saberei porque a teia do Destino
não houve quem cortasse ou desatasse.


Não serei orgulhoso nem covarde,
que o sangue se rebela ao toque e ao Sino.
Verei feita em topázio a luz da Tarde,
pedra do Sono e cetro do Assassino.


Ela virá, Mulher, afiando as asas,
com os dentes de cristal, feitos de brasas,
e há de sagrar-me a vista o Gavião.


Mas sei, também, que só assim verei
a coroa da Chama e Deus, meu Rei,
assentado em seu trono do Sertão.



* O que eu entendi do poema:
O poema fala como o eu lírico ver a morte e que ele – o eu lírico – não fugirá da morte e sim encara-la, pois isso é o destino. E também o eu lírico diz que espera uma Mulher de asas e com dentes de cristal que se dá pra entender que ele se refere à Maria onde o levará ao céu onde ficará perto de Deus.

* Escolha do poema:
Esse poema me chamou atenção por que mostra a morte não com um olhar trágico e doloroso e sim como uma conseqüência da vida onde todos irão passar!

OBS: Na Estação Ciência está tento a exposição das obras de Ariano Suassuna.



Por: Janine Oliveira ;

Um comentário:

  1. Vocês sabiam que ele fez um soneto? Um belo soneto. As metáforas, os eufemismos para falar da morte, são muito interessantes.
    Parabéns e valeu pela informação. Até quando vai a exposição? Vamos avisar na sala, heim?
    Um abraço!

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