quarta-feira, 7 de outubro de 2009


Sobre essa estrada ilumineira e parda

dorme o Lajedo ao sol, como uma Cobra.

Tua nudez na minha se desdobra

— ó Corça branca, ó ruiva Leoparda.


O Anjo sopra a corneta e se retarda:

seu Cinzel corta a pedra e o Porco sobra.

Ao toque do Divino, o bronze dobra,

enquanto assolo os peitos da javarda.


Vê: um dia , a bigorna desses Paços

cortará, no martelo de seus aços,

e o sangue, hão de abrasá-lo os inimigos.


E a Morte, em trajos pretos e amarelos,

brandirá, contra nós, doidos Cutelose

as Asas rubras dos Dragões antigos.


ps: eu gotei desse poema porque ele retratou como ele vê a morte, e não são todas as pessoas que o conseguem...az da morte algo como que o juiz final e com isso tenta nos mostrar que pagaremos o preço pelo nossos pecados, hoje em dia todos deviam saber disso, mas parecem que são poucos os que fazem, e se sabem fingem não saber do tipo : tô nem aí, nem a morte me põe medo saco?... essas pessoas deviam aprender a ligar para o que vem a frente, mas essas pessoas deixam para ligar, quando já estão mortas.


Por: Camila Cunha

4 comentários:

  1. Legal, Camila.
    Também gostei muito do poema!
    Não deixe de postar, pois este é um espaço muito bom de leitura.
    Um abraço!

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  2. Mestre a benção!
    foi muito bom descobrir o blog.
    Estamos levando teatro para os que assim como nós nada têm! Graças a seu legado!

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  3. BRAVO !
    Gente, vamos combinar. Igual a Ariano Suassuna não tem. EU AMO ESSE ESCRITOR, tenho todos os seus livros, mas a minha verdadeira paixão é a Pedra do Reino (com dedicatória e assinatura do autor)..
    Silvana Nunes.'. - Rio de Janeiro
    BLOG: FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER

    http://www.silnunesprof.blogspot.com

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  4. Estive já por aqui e cá estou outra vez. Belo espaço para as letras e para remover este triste índice de leitura de 2 livros/ano por brasileiro. Na Argentina, são dezoito livros/ano.
    Te convido a conhecer meus romances. Três deles estão disponíveis inclusive para serem baixados “de grátis”, em formato PDF.
    Um grande abraço e boa leitura!
    João Bosco Maia

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